Já ouviram falar em Apartheid? Não ? então: VAI ESTUDAR!!!

Foi isso que vi no cinema, em um formato de “documentário” em uma mescla de cenas propositadamente mal gravadas, câmeras de segurança e cenas para contar a historia. DISTRICT 9 simplesmente explodiu meu osso occipital e colou minha medula na parede do fundo do cinema chegando a manchar o vidro da projeção digital. Assim como a sanguinolência não gratuita deste filme que nem sei como classificá-lo.
Tentarei agora: imagine algo que sempre quis ver, agora imagine que fizeram um filme disso, melhore com o fato de que os EUA não são os bonzinhos nem se quer aparecem, nem uma bandeirinha pelo menos, se apareceu eu não percebi, coloque uma pitada de realismo em uma forma de documentário e tente classificar como DRAMA-FICÇÃO-AÇÃO, receita de sucesso do seriado 24h.
Presto! District 9 (Distrito 9) realizou esse pequeno sonho cinematográfico meu. Animo em dizer que este é o melhor filme do ano e se não levar Oscar será por pura politicagem estadunidence.
Bem, para melhorar tudo, a produção é de um cidadão que fez historia no cinema em geral e principalmente no cinema Nerd, Peter Jackson, o materializador das obras de John Ronald Reuel Tolkien. Neste filme novamente realizou um excelente trabalho com uma mescla incrível de gêneros onde tenta agradar gregos e troianos. Até aqueles que dizem não gostar de filme de ETs bobos irá se surpreender com uma imensa nave sobre a cidade de Johannesburg por 20 anos! Isso deixaria até Sauron com inveja!
Não consigo tecer muitos comentários sem “spoilar” esta resenha, o filme tem uma receita muito boa no melhor estilo 24horas, onde o protagonista para realizar seus objetivos, se é que realiza, parte de uma evolução incrivelmente absurda de caráter, que vai de um Nerd clássico com mulher gostosa (claro) para um Jack Bauer RPG cyber punk solitário e esperançoso, desta forma, colocando em cheque nossa capacidade de seres humanos, o filme retrata muito bem uma frase que meu professor de historia disse na minha época de colegial: Estude o passado para entender o presente e assim prever o futuro.
Todos os contextos do filme são atuais, baseado na historia da humanidade em um cenário futurístico. “Fantásticamente perfeito!”
O preconceito e a Xenofobia e tudo mais que a raça negra sofreu, os conflitos étnicos nos põe em posição de reflexão a cerca de que tipo de humanos somos.
Resumindo, acredito que este filme deve ter uma censura de 14 anos no mínimo e com certeza agradará a todo o público, inclusive os que se intitulam cinéfilos cult chatos e pé no saco que não assistem blockbusters. Assista esse e se não gostar você é sim um desses cinéfilos.
Portanto amiguinhos parem agora o que estão fazendo e programe-se já para ir ao cinema ver este filme, se não tem cinema vai já na locadora e reserve o seu, hoje fui de novo vê-lo para poder escrever isso sem apelar pro sentimentalismo, juro que fui muito chato na minha critica e este filme é maravilhoso. Porém acredito na possibilidade de ele ser daqueles filmes que ou você ama ou você odeia. Então boa sorte!